sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E de agora em diante...

Esse ultimo post será para fechar 2010 e receber 2011 com esperança de um ano novo abençoado, que eu tenha persistência para não desistir dos meus sonhos, que eu tenha menos medo, mais certeza, que eu seja mais paciente, menos mau humorada e que dê continuidade as coisas que comecei em 2010.





E de Agora Em Diante

Composição: Oswaldo Montenegro

E de agora em diante teria sido decretado o amor sem problemas
E seriam vitrines nos olhos, e as almas vagariam sem medo
E de agora em diante seria pra sempre o que pra sempre acabara
E seria tão puro o desejo dos homens,
Que dionisio enlaçaria a virgem com braços enternecidos
E aplaudiríamos, calmos e frenéticos como um são francisco febril
E de agora em diante pra trás não haveria
Não mais a virtude dos fortes, mas o mérito dos suaves
O homem feminino e a mulher guerreira
O amor comunitário, sem ciúmes.
Dariam as mãos as moças que amo e brincariam de roda em volta de minha preferida
E um artesão criança esculpiria flores nos cabelos e um sorriso sincero no rosto
E de agora em diante mahatma ghandi tava vivo pra sempre e jesus era hippie,
Beethoven era roqueiro e lenon era como nós
E se não desse certo, de agora em diante, ao menos teríamos tentando.



Me traz lembranças de sonhos esquecido e aquece o coração, esperança de um futuro melhor!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

É que eu ia deixar minha televisão por amor, é que eu ia esquecer da cama de solteiro e dos lençóis pra um só. Porque eu queria que fossem dois, nós dois. Porque eu achei que nós queríamos que fossem dois. Porque se fossem três, se fosse com você, seria lindo também. Porque hoje, quando eu olhei o tempo nublado e escuro doeu meu coração, saudade me faz sofrer todos os dias, porque eu queria tanto te contar que ontem era um dia importante, e ainda me pergunto por que você é sempre, sempre, a primeira pessoa que quero contar, e é a única que não sabe ou não quer saber. Te procurei por onde minha vista alcançava mas não encontrei. Nada. Nem de mim. Nem de você.

24/12/2010

Jornal de ontem com noticias de anteontem!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

- Dê-me uma chance e eu tornarei o mundo mais belo novamente.

O silêncio pode ser ensurdecedor.

De repente, o mundo ficou mais belo novamente.
"Butterfly, baby, well you've got it all".

sábado, 25 de dezembro de 2010

Um dia você me disse que eu nunca mais me sentiria só, que você estaria para sempre no meu bolso. Sonhos descabidos e irrealizáveis, com você tudo era possível.
Mas nada dura pra sempre, acho que te perdi.
Afetos martirizados pelas mágoas, amizades interditadas pelo tempo e o espaço imposto, sempre pronto a voltar ao passado.

Nunca me senti tão só.

Acontece que hoje escolheria a sua companhia, sua alegria era minha liberdade. Então, peço que fique, puxe uma cadeira, tome um copo. Depois podemos andar pela cidade, podemos pegar aquele ônibus que eu me recusei, você pode ficar por mais um dia, embrenhar dedos ousados em indicações de saída mais do que necessária, opção há tanto tempo rejeitada pela ingênua – porém tímida – caminhada rumo à novidade.
Era minha novidade preferida.

Não consigo me tornar proprietária de minhas memórias.

A novidade é que, meus caros, ando mais só do que jamais estive. E quero tardes acompanhadas não apenas pelas chuvas de verão intercalando sol quente em céu sem nuvens, mas também pelo olhar reconhecido, pelo carinho, até que haja, entre nós, o mais próximo de uma verdade desinibida. As gargalhadas sem censura.

Neste agora me sinto deixada de lado.
Beber aos goles lentos a honra de estar viva. E nessa vagareza, nunca mais me embriaguei. Já que nunca mais estive acompanhada por sua companhia, só pela falta que sinto dela, da saudade misturada com a ausência.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL! Feliz porque?


Eu não gosto de natal, não sei explicar porque e nem mesmo quando isso começou, acho que apenas não gosto. Não lembro quando deixei de acreditar em papai Noel (ou se algum dia eu acreditei) ou quando me contaram o “verdadeiro sentido de natal” (se é que tem algum sentido).
Talvez tenha sido pelo choque que tomei no pisca-pisca ou por nunca ter tido um natal em minha casa, ou ainda por ser obrigada a ir pra Sta Teresa todo natal.
Talvez seja porque eu nunca ganhei algo que realmente fosse a minha cara e como minha irmã foi e continua sendo preferida.
A única lembrança que tenho é de sempre me sentir triste e angustiada. Nunca entendi muito porque as pessoas são tão ruins durante o ano todo e nessa época são tomadas pelo “espírito natalino” da compaixão, isso é ridículo.
Se eu não me dou bem com minha família porque sempre tem a tia chata e fofoqueira que só vai na sua casa pra reclamar, sua prima mau humorada que só briga, seu cunhado folgado que quer ser servido 20h e seu sobrinho pentelho que só quer ouvir o especial de natal da Xuxa que insuportável... Porque tenho que fingir que gosto disso quando eu não gosto?!
Porque tenho que comer peru, odeio peru, começo a comer o peru no natal e termino no Ano Novo. Exagero de comida – e o desperdício vira fartura, e a gula se transforma em prazer e satisfação, sem falar nos que detestam o natal tanto quanto eu mas também são obrigados a participar do teatro de família perfeita e esses são os que se afogam no álcool da ilusão.
Eu detesto natal. Prefiro as farsas que a arte me proporciona, quando eu sei que são farsas. Prefiro as farsas que eu invento. Não tentem me tapear com todo esse “espírito natalino”, filhos imbecis de Papai Noel. Um dia derrotaremos os imbecis. Feliz Natal!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tenho a sensação de que as coisas saiam mais bonitas quando eu conservava aqui dentro uma certa dose de “porra-louquice”. Os textos tristes são tão bonitos, eu acho... A tristeza é meu sentimento de inspiração.
Mas não posso mentir, estou feliz. A felicidade não é bonita como todos pensam, ela é ácida como a sinceridade, a verdade.
Ainda que às vezes eu tenha vontade de destruir tudo aqui dentro, pra fazer tudo nascer de novo. Aquele velho clichê de fênix, que grande besteira. Mas não aconteceu, não acontece, nunca vai acontecer. Talvez esta seja uma das razões porque a saúde permanece aos trancos e barrancos, o corpo escolhe algum ponto pra estremecer, é impossível ser dura, e como a alegria permanece convicta, que prejudique a saúde então.
Não vejo a hora de sair daqui. Esse lugar me ofusca.
Estou com sono.
Mal comi e já estou com fome.
Tédio!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não temos tempo a perder


Não sei quando foi nem como, mas eu me percebi diferente. Não sei quando foi que eu comecei a gostar de roxo, de preto, de escrever o que eu sentia, gostar de musica clássica, não sei quando eu deixei de ler gibis - já que gostava tanto - não lembro quanto tempo se passou mas parece que foi em outra vida, mudei tanto que nem reconheço o que eu era, não sei onde perdi meu amuleto da sorte, não sei onde está aquela pedra verde tão linda que eu ganhei no rock mais alagado e escuro da minha vida, não sei quando foi que eu decidi fazer contabilidade mesmo sendo apaixonada por fotografia, mal me lembro quantos anos eu tinha quando virei essa Anaguiza, nem mesmo sei porque sou Anaguiza.
Depois de centenas, ou melhor, milhões de pensamentos eu dei um pause e pensei em como o tempo passa rápido, até ontem tudo era tão diferente. Não há mais tempo pra nada, parece que os dias duram 10 horas (e sou prejudicada nesse caso porque possuo a necessidade especial de dormir ao menos 10 horas por dia). Sobra pouco tempo pra ser feliz.



"Não temos tempo a perder..."

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Algodão doce

Um sorvete de cereja terminaria super bem o dia. Sol quente ainda as 17:30h. E a camiseta dela esquentava tanto. Claro. O céu da cidade é claro e lindo. Olha, olha, olha, olharia a tarde toda pela janela vendo as nuvens num vai e vem sonolento. Estrada. Qual é a música? Calor. Pimentas. Tamanhos e cores. Surpresa. Encontro raro. Sol quente. Contra qualquer tipo de opressão, livre. Conversas evitadas. Estranhos. Novos. Bebida. Bebida, por merecimento. Sabonete de erva doce. Não. Verdade ou mentira. Desafio. A gente só diz a verdade. Eu não sei. Sono, sempre. Ir embora. Estrada. Chuva, chuva, chuva e chuva. Sem saída. Sorvete pra terminar qualquer coisa bem. Macarronada. Saudade e você assim, me chamando. e eu com o pensamento lá em você. Não te contei? Mas tenho vontade, todos os dias. As vezes eu até penso.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

As vezes eu sinto vontade de me esquecer. Não exatamente esquecer quem eu sou, a vontade é esquecer coisas e pessoas inúteis. Quero esquecer tudo que me fez chorar nessa vida, quero esquecer que dei o melhor de mim sempre e esquecer que um dia eu disse que seria sempre igual. Nada é sempre igual, mas pode ser melhor. É, as coisas que nunca vão ser iguais, não vão ser, mas melhores, quem sabe, basta eu me esforçar para que as mudanças sejam sempre para melhor. Abandonar o passado é quase uma ótima lição de desapego, calma?, eu não preciso mais ter nexo e o que eu quero mesmo dizer é algo como desista desse poço fundo aí, vai dar trabalho voltar quando não houver mais nada. Volta que há tempo, um amigo me disse certo dia que é 3 segundos e os deuses do tempo me disseram que se eu fosse rápida e se tivesse certeza era pra ir em frente. E essa preguiça que agora é mais constante. Não tenho mais motivos para perder as noites de sono fazendo cafuné ou contemplando aqueles olhos cerrados, tanto faz, o que importa mesmo é que eliminando minha preguiça eu consigo fazer mais coisas e tenho mais tempo de planejar meu próximo passo pra fazer minha existência ser maravilhosa, e eu vou conseguir. Quem quiser, vem - que pode ganhar muitos cafunés e rir junto comigo do meu sorriso arrancado sem força, quase um (re) nascimento. Porque é preciso morrer todos os dias.






"A cidade é suja e só
Mas isso eu não preciso mais ser
Se já não tenho nada pra falar
É sinal de que chegou a hora de fazer" ♪♫

domingo, 19 de dezembro de 2010

Lembrou-se da primeira vez em que foi ao seu bar favorito, tão perto de sua casa... Estava bonita, e cheirava a alma nova.... Estava com as pessoas que gostava mais que a própria vida.
Estava absurdamente triste. Talvez ela fosse a moça mais triste que já pisou naquele bar. Dois anos depois ela sai daquele bar com a mesma tristeza que entrara no primeiro dia.


Acostumou-se com aquilo, não sabia mais viver sem.


A última conversa em que eles estavam sozinhos foi na calçada de uma rua escura, porque ele fez isso com ela? Porque humilhava ela assim? Ele só queria diversão e ela não queria mais aquilo; ainda hoje ela passa em frente onde era o bar, agora reformado e abrigando um escritório, mas já foi uma funerária antes, e sente um nó na garganta...
Era começo de noite, o cabelo já estava diferente, as blusas de banda foram aposentadas, assim como a promessa de amizade eterna, tudo ficou para trás.
Quase não reconheci, ele estava tão velho e tinha o olhar ainda mais triste do que eu podia lembrar.

Quase dois anos depois, sem voz, sem cheiro, sem ver, começa cicatrizar.... Mas isso não significa que pare de doer.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O lugar em que entro todos os dias é verde, verde claro tipo chá. A sala é grande. A cadeira é desconfortável. Do meu lado esquerdo fica a janela, gosto de ver o céu e as nuvens passando.

Há 3 anos, todos os dias são exatamente iguais.
Entrar na sala verde com piso velho, sentar e soltar o habitual palavrão: "caralho-tá-foda". Como um cordial “Bom-dia” obrigatório.


E mesmo depois de tanto tempo ainda me sinto uma estranha, como se meu lugar não fosse aqui.

Eu sou estranha, é difícil saber se realmente estou triste, nem eu sei. Tento me controlar ao máximo.
Acho que é a primeira vez que escrevo sobre mim, como me sinto. As pessoas só conseguem ver pelo lado de fora, mas só eu sei como é aqui dentro.


A primeira lágrima cai, a lagrima que segurei pro tanto tempo. E não era de alívio. Era de desespero. Era de cansaço. Era de desgaste ou desgosto.

Por tanto tempo foi tudo tão bom... Dançando pelos bares, bebendo e cantando, era tão livre e tão feliz.

Eu não sei o que fazer, pra onde ir, eu não faço idéia de nada, então eu preciso que alguém me diga o que fazer e eu preciso muito e eu preciso agora porque estou realmente muito muito muito cansada.
Será um castigo? Estou sendo punida?

Predestinada a infelicidade o resto de meus dias?



hoje doeu.
A pequena menina loira cresceu e desaprendeu a chorar.
Desde pequena lhe foi ensinado que devia guardar seus sentimentos em uma pequena caixa, que deveria ser escondida no fundo do seu guarda-roupa. Não deveria dividi-los com ninguém.
Os sentimentos, porém, inconformados, vagarosamente, um por um, abandonaram a pequena garotinha. Que agora grande, deixa a caixa vazia abandonada no passado.
Quando lhe perguntavam: Porque não ri garotinha? Porque olhas assim indiferente? Porque não falas?
A pequena se limitava a abaixar os olhos, procurando dentro de si algo que nunca a pertenceu, mas se pudesses ir ao encontro de seu olhar, verias que apenas um abismo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim. Pela primeira vez, sinto. E sorrio.
No segundo seguinte, disfarço. Engulo tudo o que quase cuspi. E guardo, com carinho... Mas guardo.
Guardo aquilo que eu só posso apreciar. Aquilo que eu tanto quis sentir. Sinto, mas como se fosse um pecado guardo só pra mim.

Como poema de Mário de Sá-Carneiro, musicado pela Adriana, que não me sai da cabeça desde o presente. Aconteceu. Assim como tudo acontece.

Tem sido o último pensamento. E o primeiro também, que pode ser continuado o dia todo.
É uma mistura de riso por dentro com uma pitada de angústia. Mas não dói. Só incomoda.
Me incomoda inteirinha o dia todo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


"A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento

em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?

Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo — o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar.

. u m a p e q u e n a t e o r i a .

As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa.

Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.

Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.

No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Olhar pro céu ainda é um dos pequenos prazeres que vou levar pra vida toda.
Tentando ser melhor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Abri os olhos de manhã, mas me doía muito acordar. Aconchegava-me, mas era inútil. Aquele choro contido e envelhecido que não saída da minha cabeça. Pensei na morte, num parto, um lapso, imaginei a dor de um recém-nascido saindo para um mundo muito claro e frio
Essa dor, sim, era física, mas também não posso negar que seja na alma; o choro, se contido, era forçado com palmadas. Tudo se pode enquanto não há discernimento, chorar é das melhores e mais perdidas condições. Mas a dor de acordar depois de emplacentado no edredon, essa era puramente consciente: eu sei que existo, sei de minhas responsabilidades, dos meus problemas e também sei que deveria sair dalí. Sentada o dia todo numa cadeira péssima, o desconforto era certo. O contraste do ar que me acondicionava no trabalho, o brilho da tela do computador... a vida refrigerava e aquecia, mas são as coisas do lado de dentro que mantém a vida , alimentando docemente com estresse e dor. Mudanças tão drásticas de humor, de temperatura, tudo podendo ser evitado se o casulo do cobertor não fosse quebrado às matinais badaladas que soam como trombetas anunciando o dia rotulado, medido e aprisionado previsto... só mais um número para se riscar no calendário, contar as horas , esperar que elas passem e que o telefone não toque. O corpo mal levantava e já estalava todo à tarefa do espreguiçamento involuntário.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Gostaria de prometer que amanhã vou acordar feliz e que o dia vai ser leve. Que vou sorrir, falar bobagem e tornar as horas menos densas.
Gostaria de acordar sem a sensação de estar sufocada, como se o sol que me arde a pele também tirasse meu ar.
Gostaria de selar um compromisso com a paz, mas a vida anda me doendo mais que o comum. Está cada vez mais difícil sobreviver.
As vezes me pego admirando o céu, as nuvens, a lua. Tento entender o silencio sem me sentir sozinha.
Sinto saudades de coisas que achava nunca ia lembrar.
Espero todos os dias por alguém que vai me dizer que a vida é assim:

Alguém vai dizer a ela que a vida é assim: de altos e baixos, alegrias e dores, amor e indiferença, incompreensões e sentimentos desconexos. De tudo que se pode querer. Que é mais fácil do que parece.

Só que a essa altura, eu já sei que todos vão se reder a essa idéia, bonita e vaga, eu acredito.
Mas ainda é cedo, pelo menos para mim, ainda não aceito essa rotina cheia de mesmice e chatice, irritação e medo.

E me pego na esperança das frestas, bordas, fendas do tempo, um raio de lembrança de tudo que eu acreditava existir...

sábado, 11 de dezembro de 2010

É fácil morrer. Morro todos os dias, cada minuto, segundo... A toda hora, em todos os lugares, a morte está se oferecendo. Mais difícil é continuar vivendo. Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será. Apego-me a idéia de que se nada der certo a decisão está em minhas mãos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As vezes eu sinto medo de sonhar, medo de sonhar com as coisas que nunca serão verdade. Tenho medo de acreditar nas minhas utopias, medo de acreditar demais em mim. Medo de no final ver como fui estúpida de acreditar que poderia ser tantas coisas. Sonho alto e sem medo, mas a partir do momento que começo a acreditar na possibilidade de realização desses sonho me preocupo, tenho que contentar-me com a realidade.
É tão vicioso sonhar, vejo-me abraçando o mundo, amando, vivendo, um futuro bom mas que não passa de um sonho. Para quem acredita tão pouco no presente, parece absurdo imaginar e fantasiar um futuro assim, tão incrível. Mas é somente o que me é permitido.
Talvez seja assim, pois sempre penso que amanhã minha vida vai começar. Sonho com um momento em que as coisas começarão a andar. O exato momento em que eu descobrirei quem eu sou e por que estou aqui, descobrirei meus talentos, meus vícios e virtudes. O momento em que terei a alma completa o bastante para começar o que devo fazer. Sem medos, usando todas as armas que me foram dadas. Mas enquanto isso não acontece, me limito a escrever sobre coisas que talvez não façam sentido para quem as ler algum dia, se é que alguém lê isso aqui, até mesmo porque, as pessoas que dizem gostar tanto de mim nem ao menos me conhecem, e talvez não façam sentido algum nem para mim, mas confortam e geram mais sonhos que, inúteis ou não, vão formar uma parte de mim algum dia ou então serão simplesmente a prova de que apesar de tudo, sempre acreditei que podia algo mais que isso.

"A minha insatisfação não vai causar impressão
E o meu destino cruel não vai chamar sua atenção" ♪






Mais um final de semana por vir, não vejo a hora de estar em casa.
Depois de dias dormindo mau ontem dormi como um nenem, ouvindo Meu presente de Amigo X, fui supreendida pelo meu chefe que me deu um MARAVILHOSO Cd duplo do The Clash, surreal.
Sonhei, sonhei muito, sonho bom, apreensivo, mas bom... nada de pesadelos!

Mesmo com tantos problemas, vou tentar não levar a vida tão a sério ^^

Então, the clash!


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...

Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu..." ♪


Bem, é o suficiente por enquanto!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Não estou me flagelando. O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim, nunca fui de ter compaixão ou auto-piedade ao contrario do que dizem, sou impiedosa. Tá tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite e até tomado remédios. Meu coração continua batendo - taquicárdico, como sempre. Dá licença, Mika: “This is the way you left me, I'm not pretending, No hope, no love, no glory, No happy ending This is the way that we love…” Balela! Tá limpo. Sem ironias. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa rolar...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Declarações de uma teoria falida

Quero que você saiba que sempre será parte de mim, mesmo que seja minha pior parte. No pouco tempo que passamos juntos, você conquistou um lugar especial no meu coração, que eu vou levar comigo para sempre e ninguém pode substituir… Mas, acima de tudo, você é a primeira pessoa que amei verdadeiramente, eu só não sabia que amor era esse sentimento sujo. E não importa o que o futuro traga, você sempre será minha maior parte, e sei que minha vida é melhor por causa disso.

Solidão? Que nada!

E tô achando bom, ficar só é ótimo...
E estou repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativa e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele ''Eu Amo Você'' no espelho. É pra mim mesmo, só pra mim. E só de pensar que eu já fui assim...
Cansei de pedir desculpas pela minha sinceridade, a verdade machuca. Cansei de me mandarem falar baixo. Não vou me martirizar e tentar ser como os peixinhos iguais nadando em cardumes, não vou me atropelar para fazer as vontades de pessoas mimadas que acham que o mundo gira em torno do umbigo. Eu vou ser isso aqui, eu mesma, e que se dane a opinião alheia, se eu to bem é o que importa, não devo nada a ninguém. Não acho que seja egoísmo, mas se for então foda-se, não vou mais esquecer de mim.
Eu não preciso de mais uma pessoa na minha vida!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ela acorda todos os dias com preguiça de levantar, o cansaço consome seu brilho.
Vira para o lado e diz sonolenta que dormirá só mais cinco minutinhos, pode deixar a vaidade de lado.
E volta a adormecer.
O despertador toca novamente, ela levanta sonolenta e vai tomar um banho quentinho.
Em seguida está desperta, não é a melhor cara do mundo, evita o espelho e sai.
Tomar banho sem pressa é luxo do final de semana, chacoalha os cabelos molhados sem pentear, espalha creme pelo corpo, borrifa um pouco de perfume.
Gosta de voltar pra cama ainda nua, ouvir musica.

É Justamente essa ausência de pressa que deixa o final de semana tão gostoso.
E se vai sair a coisa muda, olha o espelho mais de mil vezes e vai...
Linda, sorridente, segura de si.
Está pronta para o que vier.
Vai, apenas vai...
E desaparece na curva da esquina.

Não importa se vai voltar deprimida ou alegre, o perfume ainda está no quarto, na roupa de cama, o encontro com ela mesma em seu palácio é inevitável e é só ali que tudo fica bem.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Veja bem, meu bem...

"Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado "Saudade'." ♪♫

O abandono não pode ser isento de culpa.


E é por isso que aqui estou, mais uma vez, escrevendo sem um sentido ou objetivo concreto, nem para uma determinada pessoa, apenas para amordaçar o sentimento de culpa, que funciona como um bichinho da madeira, que consome aos poucos, ou talvez vorazmente como um leão, a carne puramente imaginária do coração.

Abandono-me simplesmente por ter me acostumado com o abandono.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Já faz tanto tempo que esse meu EU não me faz uma visita para ficar. Esse meu Eu dos olhos doces e brilhantes, abraço quente, lábios regados de alegria. Estará doente o meu EU? É que saudade também é doença. E é doença minha essa falta de sentidos, seria contagiosa?
Mas para que quero ouvidos, os olhos ou minha boca? Não quero ouvir o ruído do mundo que só me entristece, ver tanta miséria ou sentir o sabor ácido das almas mortas.
Mas esse meu EU é especial, não merecia um triste fim como o meu.





"You know the lies they always told you
And the love you never knew
What's the things they never showed you
That swallowed the light from the sun
Inside your room, yeah


Comin' down the world turned over
And angels fall without you there
And I go on as you get colder
Always someone


And there's no time left for losin'
When you stand they fall" ♪♪♪

IRIS

"E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acho que eles entenderiam
Quando tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem eu sou

E você não pode lutar contra as lágrimas que não vem
Ou o momento da verdade em suas mentiras
Quando tudo parece como nos filmes
Sim, você sangra apenas para saber que está viva" ♪♫




O mundo está cheio de mortos e eu estou cheia do mundo. Obrigo-me a renascer todos os dias.

Hoje gostaria de ouvir violinos. O silêncio é emudecedor, mas está cheio de sons.
O silêncio está cheio de som, não de ruídos. O ruído está cheio de mundo. E de mortos. E cheia de mundos estou eu. E se os tenho, e tenho muitos, então, que seja um mundo de cegos, surdos e mudos mais sensíveis que possa existir. Esses, os meus deficientes, ouvem violoncelos, pianos, harpas, sopranos e baritonos, ouvem baterias e guitarras elétricas, solos e mais solos. Ouvem música. Não ruído.
Meu mundo é ideial!


Na realidade o Silêncio é algo ideal. Não existe. É simplesmente uma idealização.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pensar enlouquece! Acho que estou surtando, tenho pensado muito em todas as possibilidades. Estou firme e forte, a mudança vai vir mais uma vez e eu não vou evitar o amadurecimento, afinal toda essa insatisfação com o mundo é justamente por isso, tudo ainda é muito pouco, eu quero é mais.

Feliz, por que eu ainda sei sonhar.


"Sorrio, porque ainda é possível fazer isso."

"Sorria, pois me alegra vê-lo fazendo isso. Pois é a luz que preciso quando olho o céu... E se eu não ver: grite, pois ainda é possível fazer isso.

Sorrio, pois mesmo observado sinto vontade de fazê-lo!" MIOPIAVIRTUAL

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Não vou repetir a promessa de deixar voltar. Não posso, já o fiz muitas vezes e as promessas transformam-se sempre em mentiras, seja da minha boca ou da sua. Mas o peso de abandonar a alegria é enorme.
Antes passava os dias a chorar baixinho, mas agora me conformo com a perda.



"Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão..." ♪
Ele já chegou aqui em casa falando sem parar. Começou reclamando do calor, da bebida, do cansaço... Disse que ia ficar pra sempre, que nunca mais eu ia me sentir só. Encheu meu corpo, meu quarto, minha casa, minha vida...
Mas tudo não passou de um sonho, estou vazia.
Passar a vida inteira abrigada da chuva impediu-me de degustar o sabor da vida.
Não me dei conta de que preciso do caos, sempre precisei. A ordem me confunde, intedia-me.
Quando penso que tudo podia ser diferente...

Na verdade tudo que quero já me foi concedido em algum momento da vida, mas os meus olhos estavam vendados. O prazer, a felicidade, a aventura, a glória, o amor... Tudo.

Quando penso como a vida é curta, e como estamos afundados na rotina. É sempre tarde demais.
Passei a vida abrigando-me da dor, agora não consigo aceitar... Estou perdendo-me, fugindo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Palavras descrevem os olhos, as bocas, os braços, com palavras você pode contar uma historia. Mas palavras não descrevem sentimentos, nem a alegria até então desconhecida, surgida de um (re) encontro. Palavras são pequenas diante da grandiosidade do sentir. Pra quem, há dias atrás, refletia tanto as obras do acaso, hoje compreende que realmente, o acaso não passa de um simples nada, e acredita em algo bem maior que isso. Um destino cruel que levará a um próximo reencontro, sem sombra de dúvidas, com o passado que agoniza.
Mas até lá, todas as músicas cantadas estarão na mente, todos os sorrisos, toda a alegria, todos os olhares e toda a magia do momento.
Eu me recolho, gosto do conforto do egoísmo com minhas lembranças.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não acho errado ser triste, pelo contrario, acho muito bonito o brilho de tristesa nos meus olhos quando encaro o espelho.
Por que deveria mentir? Não me envergonho do meu compromisso com a solidão.
Não culpo ninguem, mas foi você que abandonou o "nós" com todos os motivos do mundo... Eu nunca fui o suficiente, sempre fui o pretesto, mas.... por que quando você se foi não devolveu tudo, não devolveu meu coração?
seria tão bom se eu pudesse confiar em alguém de novo. e eu não confio. Nem mesmo em mim...


"Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite" ♪♫

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um Dia na Vida




"Não existe nada vivo
Dentro desse quarto
Todo dia eu pego o medo
Meço, mato e guardo..." ♪♫


Tenho apreciado cada dia mais a companhia da solidão.
Sou uma solitária por escolha, gosto, mesmo sendo a reação de fugir instintiva.
Todo mundo sabe o que é ser solitário, isso acontece quando todos os relacionamentos acabam, o passado e o futuro não importa, não faz diferença, nada mais tem sentido.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Hoje eu vou fugir de casa
Vou levar a mala cheia de ilusão
Vou deixar alguma coisa velha
Esparramada toda pelo chão"






Hoje quero uma pausa, distância dos noticiários aonde Sarkozy confia na venda de caças ao Brasil. Quero distância dos tsunamis, ondas maiores e menores ou tremores de qualquer escala. Quero mais distância ainda do sujeito que entra numa estrada e dorme, ou qualquer acidente com mortos e feridos. Como também não quero ouvir que morreu o rapaz golpeado por um psicopata com um taco de baseball numa livraria. Não quero escutar candidatos trocando insultos e nem mesmo ler esse ou aquele e-mail que conta tudo.

Eu quero paz, amor e muita música!

- Somente há o passado. O passado está em toda parte.

Por enquanto, Velho Scotch. Acordei cantando “E eu que nunca fui feliz...” ♪
Um e outro espaço entre as árvores, uma camisa manchada pela cor do vinho, ou todas as palavras do mundo enquanto houver.
Amanhece sobre a cidade.
É dia e eu pensei ter visto um sorriso, lá, dez anos antes.
Outro caminho se estreita no final do dia. E o apaziguar incorpóreo lá, dez anos antes, vingando-se diante de minha impotência, esmorece no descanso da luz, não basta apenas querê-lo, é mais forte que tudo, até mais forte que o tempo. Outra rotina escavada no frio da solidão, na dureza dos dedos por sobre os papéis de uma sexta-feira-nove-da-manhã, e essa angústia que prende o coração. Essa certeza do nada, do fim apenas. Lá, sorrindo, dez anos antes, como Jesus para uma criança, compaixão, piedade. Não há como não ir em sua direção.
Por sobre o rosto caem as lagrimas quentes, nunca fui amada – qualquer lugar - e é preciso arrancar do instante uma nudez indivisível, enquanto nasce no escuro a distância de meus dias. Porque daqui o horizonte parece sempre mais e mais distante, assim como o céu. E é preciso se agarrar a algo, ter fé. Ainda que esse algo seja apenas a escuridão de mais uma madrugada, se houver blues.
Não mais aquela menina correndo pelas ruas que levam felicidade. A ela dei adeus primeiro. Aquele caminho agora percorre pelas ruas de minha memória. Será que ainda estão lá? Pergunto-me o que fizera esse tempo todo, do que gosta, o que ama, o que sonha. Tudo perece dessemelhante ao encontrar de lábios, há dez anos perdidos, repentinamente, ausenta-se. Já não existem as mesmas cores, os mesmos sons, os velhos sabores. Estão todos mortos. São apenas retratos na parede, espreitando a manhã repleta de ausências.
E nada, nada pareceu se edificar no cascalho desses anos que mais parecem o mundo inteiro, o mundo todo, se nada é para sempre, por que dói tanto. Nunca ressurgirá das cinzas do tempo, do abismo de tamanhas lembranças. E quando me disserem, no momento e que a vida em mim se recolher em definitivo, sobre todas as coisas que há, hei de encontrar esse mesmo sorriso (que ora me despeço) como se ouvisse: -Somente há o passado. E diante dele, tudo o mais se torna indisponível.
Ontem meus pés tropeçaram em alguém do passado, duro feito uma pedra, o passado. Exatamente daquele passado lá longe que se quer deixar mais longe ainda, que foi tão importante e presente, mas que agora quer que suma, morra. Esse, das coisas já-ditas e já-feitas, sem nenhuma inocência (essa a gente perde na infância mesmo). Cai uma chuva torrencial agora. De ranhuras o cenário é composto de belas e pequenas e desbotadas fotografias de pessoas irreais que nunca estiveram lá com seus sorrisos.
De par em par os espelhos são cobertos e virados para as paredes, não quero encarar meus olhos e ver meu passado dentro de mim. O tempo que enferruja as coisas e escorre mostrando que também a parede está em carne-viva. E o outro que desponta olhando por detrás dos ombros, aquele que tropeçara feio e levantara bem os olhos para fitar o rosto abruptamente descortinado. Como um tapa na cara, o futuro desponta sua existência e marca com sangue a presença fantasmagórica daquilo que nunca deveria ter se tornado algo, e sim, sido consumido, tragado com pus e desgraça, afinal, somente quem luta limpo tem direito à vitória. Mas, quem sou eu para querer tudo isso? Se nem ao menos as pestes fizeram seu trabalho, como combinamos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sem Tempo

O tempo muda o tempo todo. Eu tentei evitar as mudanças, mas é inevitável, e quando acordei eu já era outra pessoa. Eu morri, morro todos as noites e nasço todos os dias.
Encarar o mundo com novos olhos, crescer, responsabilidades não é tarefa fácil.
Era mais fácil antigamente. Rir era tão mais fácil. Quando eu não precisava dessa autodefesa, quando a 3ª pessoa eram outras pessoas, não eu.
Era tão mais fácil sentir e não se vigiar o tempo todo, não se conter, não silenciar... Correr pro abraço e contar os medos, ter um porto seguro era tão bom quanto ser... Ser exagerada, impulsiva eu diria até um pouco insana.

Os passos não precisavam ser um depois do outro... Eram um do lado do outro.
Ser um pro outro é que não deu certo... Por que foi só da minha parte.
Era carregada pela camiseta do Nirvana, conversamos sobre família e dançamos juntos de madrugada também... Éramos parceiros. Eu não existia sem você.
Estava ali o tempo todo, sempre, a qualquer hora que ligasse, estávamos juntos o tempo todo, mesmo sem estar perto. Mas algo se perdeu...
Sobrou só eu sozinha e um vazio dentro de mim, algo que me faz querer desistir, mas aí então eu percebo que o que me faz continuar é o único motivo que me faz ainda dar um passo depois do outro, é que não há mais nada pra ser perdido, não há mais nada pra se querer tanto, não há mais nada.
Sinto saudade. Muita.




sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Saudade besta!

Coração acelerado, uma tristeza sem fim.
Saudade é sentimento ruim, prende a respiração e enche os olhos.


Hoje eu daria a minha vida por um telefonema.
Um telefonema apenas.
De alguém que não me ligasse para pedir alguma coisa que a minha “intelectualidade” pudesse oferecer.

(E alguns diriam ainda que a culpa seja minha por ter cultura e inteligência, dois atributos raros na juventude. Como se solidão fosse um castigo por saber pensar e eu deixasse de ser uma pessoa para ser um cérebro, como uma enciclopédia na estante.)

Um telefonema somente. De alguém que perguntasse como vai, tudo bem? E, sobretudo, ouvisse. Ouvisse e ficasse em silêncio.
Apenas ouvisse, sem julgar, sem ter pressa, sem interesse por nada, somente em ouvir pacientemente.

Mas acho que é pedir demais. No fim, o mundo acaba precisando de alguma coisa, alguma ajuda, algum favor, que é a única coisa que as pessoas enxergam mesmo (e gostam, ao que parece, de dispor). E eu reencontro meu lugar entre as cinzas, a escuridão e o silêncio, aguardando a próxima solicitação.

Não falei? O telefone acabou de tocar. Adivinha para quê?
Chega de escrever, de volta ao trabalho!
"Sei que há contas a pagar
E há razões pra terminar
A semana toda ficou para trás
Ela tem trabalhado demais" ♪♫




Finalmente sexta.
Esse lugar tira a minha luz.
Tenho uma tristeza muito grande embolada na garganta... vontade eterna de dormir!

RE

Ontem peguei-me pensando que já faz um tempo que não penso em nós , em ti, nem em mim. Não é que não me venha á cabeça, mas sou eu mesma que me nego, porque sei que depois acaba por cair uma lágrima e eu não quero mais. Já saí dessa rotina há muito tempo. Há tanto tempo, que nem tu deste por isso. Acabas por pensar que estou chatiada. E estou, mas não contigo. Estou chatiada comigo mesma. Por não ter aproveitado quando devia, por ter estragado a nossa amizade, e por ter te deixado ir sem nada fazer. Acredita, que se pudesse voltava atrás. Mas infelizmente não tenho nenhuma máquina do tempo, e mesmo que tivesse, tenho a certeza, que o dia, o mês,e a hora que estivemos juntos, estaria bloqueada. Só mesmo para me chatiarem, e verem-me a bater com o pé no chão. Como faço sempre. Feita menina mimada, nunca luto pelo que eu quero. E é isso que estou agora a fazer. Me conformar e me lamentar... só o que faço. A encostar-me a uma parede, e preparar-me para bater com o pé no chão. Á espera que voltes com isso. Mas conheçendo-te, como conheço sei que não vai resultar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Á primeira vista todo risco é ameaça e o medo que a gente passa cimenta os pés no chão."JV

Disseram-me que meu sorriso anda sumido, e o que antes era tão colorido se tornou cinza nesses meus dias. Disseram-me que meus olhos meios inchados, como se tivessem chorado, estavam naquela tarde. E agora eu já não sei dizer mais, se me dói te ver feliz ou te ver sofrer. Sentimento egoísta, querer que sintas a dor que sinto. E dói também saber que não me permites estar perto para dividir meus sentimentos. Falei em ver, mas não te vejo mais faz tanto. – “Te ver não é mais tão bacana quanto à semana passada (...) mas ficou tudo fora do lugar, café sem açúcar, dança sem par. Você podia ao menos me contar uma história romântica” – mas nenhuma história mais me toca, me encanta. Cantar Legião fica vazio e sem sentido agora. Talvez estas sejam minhas últimas palavras sobre o que eu achei que era amor. Andei pensando nas minhas promessas de antes. Quanta mentira eu já disse, sem saber que era mentira. Prometi esperar por alguém toda a vida, disse que o que eu sentia era incondicional, disse que amava. E eu não esperei dois meses, o sentimento incondicional dependia da recíproca, o amor era doce e se acabou. E então eu acho mesmo que não devo mais falar nada, mas só agora me dei conta, de quanta coisa não dita eu guardo aqui. Hoje enquanto eu arrumava o quarto, senti uma coisa estranha um bloqueio parcial da garganta. A dificuldade de dormir na noite anterior, a vontade de chorar baixinho e as palavras, essas que são tantas. Boas, ruins. Já são muitas as músicas que não ouço mais. E vou largando os versos, os compassos, as páginas, os sonhos, as dores. E fico assim não sentindo, deixando o vazio me consolar. Racionalmente escolhendo não sentir, é prudente não sofrer. Alguns dizem que minto pra mim. Outros que é melhor assim. Me perguntaram o que eu faria se te visse aqui de volta. Se me ligasse, pedindo desculpa, pedindo pra ficar mais um pouco. Foram capazes de apostar que eu te aceitaria, perdoaria. Mas eu já não sei. Eu te conheço, sei que não vai ligar mesmo, que não te enche de preocupações por mim, que pra você tanto faz como estou até que precise de mim. É capaz de fingir não ver a dor que me causou. Eu li nossa ultima conversa, eu revi nosso último dia, eu lembrei do seu último telefonema. Aquela música que tocava era nossa, hoje já não sei. Não temos nada nosso. Eu quis saber onde você estava - bem que você podia me ligar, como vai o que tem feito? Disfarçaria pra não dar nenhuma bandeira, pra fingir que está tudo certo ... – Porque eu queria mesmo ouvir tua voz hoje. Nesse dia tão estranho, que eu lembro de você, e o pranto não me chega, e meu rosto continua seco... e penso que talvez está mesmo, apesar de tanta chuva, muito seco tudo aqui dentro. E isso me assusta. Eu não era assim antes de você.

Pequenas Vitórias

Aos meus 12 anos, vitória de verdade seria sair de casa aos 18. Aos 14 era começar uma etapa nova, conhecer tudo que podia daquele mundo. Aos 15 era conseguir sair sem minha mãe saber e ficar com aquele cara lindo do colégio. Aos 16 era passar no vestibular. Aos 17 era ser feliz a qualquer custo. Aos 18 era ter independência, sair de toda aquela confusão. Entender egoísmo e porque as pessoas que a gente mais confia é justamente quem nos trai. Aos 19 era conseguir viver sem ele. Aos 20 era tentar não enlouquecer pela falta de alegria. Aos 21 anos era chegar em casa do serviço e dormir. Agora aos 22 eu me pergunto onde estão os sonhos? Estou velha e sem entusiasmos para pensar em começar qualquer atividade nova, não sei mais se quero as aulas de inglês, Frances, fotografia. Acho que nada mais importa. Não quero me importar com as derrotas, foco nas vitórias...
Me concentro nas pequenas vitórias. De quando conseguir me manter em pé num patins pela primeira vez. Sair sozinha e me divertir muito, aquele Adidas branco com as listras pretas que o meu salário comprou (em 4x, mas comprou). Uma pequena vitória que me leva a outras. O primeiro show do Capital Inicial, o segundo, uma vitória. Terminar de ler aquele livro que eu comprei há dois anos é uma vitória. A primeira medalha que eu ganhei. Cortar o cabelo bem curto pela primeira vez é uma vitória, o piercing tão desejado, mesmo que 2 meses depois eu tenha tirado ele. Cada dia que eu me esforço tentando não levar a vida ao extremo, 8 ou 80 e deixando as coisas fluírem é uma vitória contra a minha ansiedade. Quando de noite, eu não liguei pra ninguém, e sofri calada a minha dor, foi uma vitória. Quando consegui deter versos tristes que eu escreveria, foi uma vitória. O cigarro que não fumei, o cinema que eu neguei, são as minhas pequenas vitórias. O ciúme que eu calo, e deixo quieto de lado, é uma vitória. Os pecados que não cometi. Minha coleção de pequenas vitórias. Quando eu olho para você e consigo não te amar, apesar da sua “perfeição” é uma vitória. Se boa, ou ruim, só o tempo e você podem dizer. Não mentir que não estou é uma vitória. Não jogar sobre as pessoas as conseqüências dos meus erros. Não “jogar na cara” erros que já foram superados. Não supervalorizar a opinião dos outros é uma vitória e tanto. Deixar o preconceito de lado, ler livros para adolescentes. O dia que não chorei, a cobrança que não fiz, o café que não tomei, ilustram ainda a minha lista de vitórias pequenas. O conselho que não dei, aquele outro que não pedi. O brigadeiro que não comi, o romance que não assisti, a critica que não fiz. A ofensa que calei, a mágoa que não guardei. A roupa que não comprei, o livro que não pedi de volta, o abraço que não neguei, a saudade que não alimentei, o e-mail que não respondi, o amor que eu não cobrei. Pensando bem, até agora eu mais venci do que perdi. E para mim, pensar assim também é uma vitória.

Solidão, que nada!

É preciso saber estar sozinha. E eu sei, não me envergonho. Com isto não quero dizer estar fechada dentro de quatro paredes, sem nunca ver a luz do dia, não conversar, não sair pra respirar. Não. É preciso estar a sós com a nossa paz interior, não esperar nada de ninguém, nem esmolar nada a ninguém. Desaparecer do mapa e da mente de muito boa gente sem dar satisfações a uma única alma. Gostar da nossa companhia e brindar a isso. Estar só não é nenhum pecado. Às vezes é preciso navegar em silêncios dolorosos para perceber que o silêncio está sempre do nosso lado e dá-nos os melhores conselhos, trás as melhores lembranças. Estender a mão à solidão e ficar por lá. Estar sentada num grupo de amigos, que na verdade se trata de pessoas que nem ao menos sabem quem você é, e sentir que é uma estranha, que com nenhum deles se identifica. Às vezes é preferível perder a noção do tempo e dos outros. E apenas nos centrarmos em nós. Perder para sempre e encontrar a seguir. É necessário estar só para então saber quem és. Ninguém sabe quem é (e nem se importam com isso) nem o que vamos fazer. Não fazer idéia de como nos levantar, nem como arranjar forças para cuidar de nós e dos outros que precisam da nossa força. Vaguear por aí. Sem destino algum. Sem bússola alguma. E ir ficando... Até percebermos que não foi esta a vida que escolhemos, não foi por isto que fomos criados. Que a vida que parecia tão longa mostrou-se curta e vazia. Mostrar a garra, ambição que nos é característica e seguir em frente na esperança de melhores dias e de melhores portos, para não sair dessa vida sem deixar uma boa historiam para ser contada.
Sei que é preciso saber estar sozinha. Sei que sempre que me refugio das pessoas e do Mundo volto mil vezes mais forte para enfrentar o que me surgir pela frente e com mil vezes mais cede de vida. Mas não me peçam indiferença, não peçam que me magoe e finja que não estou quando efetivamente sabem que sim. Porque perdoar é fácil, esquecer não!



"Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo." CL

DUST IN THE WIND

Mudança de planos,
faz calor e depois chove.
Mais um final de semana péssimo, inevitavelmente mais uma segunda... Ciclo sem fim!

Música para dormir, saudosismo.

Mais um dia.
(01/11/2010)







"Now, don't hang on,
Nothing lasts forever
But the earth and sky.
It slips away,
And all your money
Won't another minute buy." ♪♫

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DIA NADA

hoje é um dia nada de uma semana nada de uma vida nada... um vazio total!

Sem dor, tristeza, rancor ou saudades... um nada.






"Take me to the place where you go
Where nobody knows if it's night or day
But please don't put your life
In the hands of a Rock'N Roll band
Who'll throw it all away


BRIDGE:
I'm gonna start a revolution from my bed
'Cause you said the brains I had went to my head
Step outside the summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
'Cause you ain't ever gonna burn my heart out"
♪♫

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Deixei-te ir sem egoísmos, para que quando voltares amar-te mil vezes mais. Meus dedos como raízes vedam cada centímetro. Passo a passo, o fôlego torna-se calmo, mais claro. E aprendemos a respirar com a certeza de que há sempre uma hora a seguir, que a despedida é inevitável. Não sabes, não ouves, não falas. Tudo é mais simples no silêncio, sentimentos não são expressáveis. Refugiaste em meu coração para não te deportares de ti mesmo. Um leve toque na ferida e um sopro é um furacão. Se nem os beijos te salvam, o choro afoga-te, mesmo que saibas nadar. Simples é o fato de estar tão perto de um fechar de olhos eterno, ou de um ataque de acidez. Viro a cabeça, pois nada é tão simples quanto o ato de rodear a realidade. Fazes-me falta e eu sei. Tocam-te, suplicas pela liberdade. Dão-te o Mundo, queres apenas uma ilha. Vivo na inconstância de uma resposta conclusiva. Amá-lo, com a cabeça quando o coração se procura a si mesmo. Amá-lo, com tudo o que posso. Tudo foi tão simples, tão claro e tão profundo.
Deixei-te, não só para te amar mil vezes mais, mas para acertar as maneiras tortuosas de amar.

Minha Flor Meu Bebe

Fico pensando se já se esqueceu de toda alegria de quando estávamos juntos. Ficou guardado pra sempre no meu coração.
Culpo-me cada segundo por ter deixado você ir quando tudo o que eu mais queria era que você ficasse pra sempre.
Eu me culpando por ter sido tão certinha e sensata quando eu precisava ser irracional e ter você por perto.
Agora eu sofro, procuro por noticias, rezo para que esteja bem e feliz. Acho que talvez nunca ache alguém que vai se importar tanto como eu, alguém tão preocupada como eu, alguém que ame da forma que eu amo.





"Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber"
♪♫

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

As Melhores Coisas...

Uma saudade que se recusa a ficar quietinha aqui dentro do peito.
Os domingos nunca mais foram os mesmos, 22 anos de vida e morro de saudades do pouquissimo tempo que me fez diferente, que me fez livre.




"As Melhores Coisas

Arnaldo Antunes

Entre as dez ou mais de mil melhores coisas da vida
Você estava atrás do sétimo, oitavo lugar
Depois do violão, do irmão, do gibi, da bebida
Entre a luz do fim da tarde e o azul do mar
Quando se afastou de mim depois daquela intriga
Nem sei em que lugar da lista você foi parar
Nunca imaginei você não sendo minha amiga
Nem também sonhei que eu fosse me apaixonar

Mas mudou, você veio
Derrubando o mundo inteiro
Demorou, mas veio
Com a hora do recreio


Entre as dez ou mais de mil melhores coisas da vida
Tem a bike, a night, o Nike antes de você
Mas comecei a te querer depois da despedida
Isso professor nenhum explica porque
Agora fico te esperando na hora da saída
Tenho dez ou mais de mil segredos pra contar
De tudo que tem você a coisa preferida
Você finalmente chegou ao primeiro lugar


Seu blusão vermelho
O incenso do seu cheiro
Sua mão, seu cabelo
No meu travesseiro


Agora o tempo pode passar
Você já é primeiro lugar
Agora o tempo pode passar
Você já é primeiro lugar" ♪♫

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu não sei bem sobre o que é esse post, deixo os rótulos para os que lerem.


“We went to bed and turned the stereo on low
Heard the timber creek and windows rattled gently
Allthough we smiled there were no words left to say
A soothing draft was all I had for company
But I am only once, not twice
At the mercy of dice
But I am only once, not twice
At the mercy of dice…” ♪♫


Quando eu vi esse vídeo involuntariamente associei a amor, pra ficar mais fácil vou colocar a definição de amor:
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação.



Olhando para essa foto eu me pergunto, onde está o AMOR?

"Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros" (Jo 13, 14).


Mesmo que você só tenho ido à igreja (não importa a religião) você já ouviu esse versículo.

Não vou dizer que sou uma pessoa liberta de preconceitos, estaria mentindo. Sim, tenho preconceitos! E são muitos. Mas eu prezo uma coisa muito mais do que qualquer valor moral meu: a individualidade das decisões (E também a sensatez, pois liberdade e libertinagem são valores bem diferentes).

Na minha opinião, exceto quando sua decisão afeta a vida alheia, você pode fazer o que quiser com seu corpo, vida social ou o diabo que for. País, religião ou filho da puta nenhum pode colocar o dedo na sua/minha cara e dizer o que devo fazer, ser, vestir ou até pensar, contanto que, como disse, meus atos APENAS me afetem.

Como diria uma canção ”se quiser fumar eu fumo, se quiser beber eu bebo” e se o casal ao lado quer se beijar, FODA-SE o que penso. Se estiver incomodada, FODA-SE meu incomodo. Mudo de lugar contanto que a alegria alheia não esteja me impedindo de usufruir o que é direito meu (como barulho num cinema).

Por isso sou completamente a favor que pessoas de qualquer orientação afetiva possam manifestar isso dentro e fora de casa. Quer se casar no civil? CASA LOGO. Quer adotar uma criança? ADOTA LOGO cinco, ta sobrando mesmo. Quer se beijar no ônibus ou simplesmente andar de mãos dadas? AGARRA. Quer fuder? Aí não pode, senão viramos a Santa Igreja no pós-Roma. Quer proibir beijo gay na sua loja? PROÍBE TODOS OS BEIJOS.





Aí entramos na política... Vi um vídeo da igreja de não sei qual religião pregando sobre o voto consciente, sim, muito bom, temos que votar consciente. E é por esse motivo que não posso de maneira alguma me compactuar com proposição nazista. A igreja prega paz, amor, compaixão e tals, mas é contra o homossexualismo, trata pessoas diferentes como doentes, pecaminosos e até possuídos pelos poderes do mal. E mais uma vez eu me pergunto, e o amor? Substitua a palavra "homossexuais" por "judeus" e só não teremos um holocausto à brasileira porque segundo essa gente que se diz "de Cristo", o "gay" não é gente nem quando está no banheiro e batem na porta.

Para eles será apenas faxina.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

CECILIA - Minha menina

Uma fração de segundo e tudo está fora do controle. Eu sei que não foi a musica, não foram as lembranças, nem a dificuldade de pegar no sono... Nem essas malditas lagrimas estúpidas que insistem em brotar nos meus olhos, estou sentindo falta daquela segurança que nunca tive. Recaída.
Eu queria ter coragem, colocar umas roupas numa mochila e ter alguém pra segurar minha mão e ver o sol nascer comigo todos os dias pela manhã... sentindo mais falta que nunca. Acho que o que eu queria não é o conforto da segurança, mas a incerteza do amanha que só a presença dele trazia.

Se eu pudesse voltar no tempo... teria ido embora com ELE.



P.S. Eu te amo, eu te amo




"did he touch you?
shameful and disgraced?
did he rob your joy of the embrace?

cecilia,
you didn`t wanna give your heart away" ♪♫

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Feliz aniversário... Envelheço na cidade ♪

Só mais um dia como qualquer outro... mas pra mim não, dia de avaliar como foi o ano e principalmente, a relação com as pessoas!

Aguardando anciosamente por amanhã, 07 de Outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É tão certo quanto o calor do fogo...


Setembro encerrado com muita tristeza, porem Outubro foi aberto com chave de ouro.

Se eu pudesse definir em uma palavra seria INESQUECIVEL.
Estava me sentindo tão deprimida e desestimulada por causa das expectativas, mas ganhar a palheta em mãos fez com que eu me sentisse uma em um milhão.... a pessoa mais importante do mundo.
Pode não parecer nada pra muito gente, mas foi tudo pra mim...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010





"E de repente o vinho virou água
E a ferida não cicatrizou
E o limpo se sujou
E no terceiro dia ninguém ressuscitou..." ♪♫

É impossivel ficar indiferente!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CARTA DO DIA


ÁS DE COPAS

Fiz, mas só intendi porque fiz agora, depois de tirar essa carta.

A Carta de hoje é o ÁS DE COPAS, este arcano pede que eu abra meu coração ao amor... Deixando que a boa vontade e a afetuosidade brotem de minha alma sem expectativas ou condições.

"Por que não abrir o coração?
O Tarot, Anaguiza, emite para você o conselho do Ás de Copas. Este arcano pede que, neste momento, você abra mais o seu centro do coração, deixando que a boa vontade e a afetuosidade brotem de sua alma sem expectativas ou condições. Permita que uma qualidade amorosa – que bate forte, pedindo pra sair – seja derramada para todos os cantos, inclusive para aquelas pessoas de quem você menos gosta. Muitas boas surpresas ocorrerão à medida que você compreender que, ao amar sem esperar resultados, os resultados são melhores do que os originalmente esperados. Abra-se ao novo, Anaguiza! Não apenas a pessoas novas, mas também a novos olhares, novas perspectivas, de modo que o encantamento se derrame e você se perceba com a alma limpa, renovada, respirando e irradiando amor, tornando-se uma presença atrativa e desejada. É hora de amar, Anaguiza! Não se importe se as pessoas não lhe correspondem. Você aprenderá, neste momento, que o amor faz bem principalmente a quem o emite. E termina sendo algo beneficamente contagioso: magnetiza e afeta, transformando o mundo em torno de si, tornando-o um lugar melhor.

Conselho: Momento de abrir o coração, de renovar."

sábado, 25 de setembro de 2010

Sabado 25 de Setembro de 2010

Tédio!
Gosto estranho na boca e sentimentos estranho no coração.



"Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever?
Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se.
Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito
pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois,
claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode
sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta..."
Antônio Costa Neto

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estou feliz! #FATO

As coisas estão bem, acho que nunca estiveram tão bem. Estou gripada já faz um tempão, tenho os meus momentos de Bad, mau humor, carência... mas sim, tem algo de melhor.

Tenho até medo, os dias que antecedem os meu aniversario sempre trazem coisas ruins, mas pela primeira vez eu estou animada. Faltam 14 dias para 22 anos, mas só 9 para o show tão esperado do Capital *-*

“Era cedo e não podia dar certo...” ♪♫

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CARTA DO DIA

Todos os dias, a partir de hoje, vou destinar um tempinho para publicar um post sobre minha carta do dia.
Todos os dias a tarde, num momento mais sossegado eu tiro uma carta pra ver como andam as coisas e decidi que vou dividir isso aqui.

A carta do dia de hoje é a PRINCESA DE OUROS



Meu arcano conselheiro de hoje vem me alertar sobre estar sobrecarregada e dispersa, o momento é de colocar os pés no chão.
Conselho: Momento de encaixar na realidade terrestre.
"Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais... ♪♫"





Tudo dói. É uma dor inexplicável. Dói partes do meu corpo que eu nem sei o nome.O que realmente ficou de um sonho perdido? A certeza de nunca mais repeti-lo é o que eu acho. Dói. Fazer uma coisa quando se tem vontade de fazer outra. Seguir a luz que sempre te aqueceu o coração. Tudo muda, tudo se transforma. Foi um sonho perdido e eu quis cruzar os braços depois de tanto lutar. Achava possuía a poção mágica, que tinha poderes pra mudar as pessoas. Mas errei, não a tinha. Nunca tive. Há muito que ela se havia perdido. Acreditei que dias melhores viriam, que tudo ia mudar, mas nunca vinham. A espera era angustiante, tantas vezes te disse. E não havia nada que pudesses fazer. Te conhecia de cor, sabia que viria me confundir quando eu achasse que tudo tinha chegado ao fim, que teatralmente encenava cenários perfeitos pra me ludibriar. Que nunca existiram, não existiram sentimentos. Desempenho o papel de ovelha negra, a vazia e falsa ovelha negra. Sem escrúpulos, caráter, vergonha. A pessoa desprezível. Talvez por querer demais, querer o suficiente, querer um abraço, um carinho. Que seja. Tão perto, quase que o sinto. Chegou o momento de partir para um caminho desconhecido, sem o ombro que sempre me amparou, mas que se tornava cada vez mais pesado.
As decisões estão tomadas, não mais voltar atrás, mesmo que doa insuportavelmente. Talvez seja melhor assim.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ALEGRIA PESSOAL!

Sabe aquela música que te deixa com um sorriso besta, fica dançando, balançando o cabelo e tocando sua air guitar, pois bem, assim estou, uma musica para um dia chuvoso sentada naquela praça, aquela que eu nem lembro o nome, mas não importa por que eu só preciso de um café, um cigarro e um rosto... e lá está, pra me fazer sorrir!

O cheiro forte ainda está na minha bolça, o cheiro que me da até medo.

Hoje o post vai ser assim, sobre esse mundo que eu amo... friozinho na barriga, sorriso de orelha a orelha, sentindo vontade de até cometer um pecado.






"She says, we've got to hold on to what we've got
And it doesn't makes a difference
If we make it or not
We've got each other and that's a lot
For love, we'll give it a shot"



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ANONIMO

“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.”
(William Shakespeare)

Você pode até não comentar, mas de certa forma sei que ainda continua por aqui porque eu sinto, mas qual o motivo? Curiosidade? Ou apenas pra acompanhar o que anda passando por essa minha cabeça?!

Mas esse não vai ser o tema do meu post, eu não! Eu me conheço muito bem, hoje vamos falar de você. Isso mesmo, você, face oculta de uma pessoa conhecida. Não vamos falar de motivos. Porque nem todas as explicações me convenceriam do motivo que te levou a uma brincadeira “inocente” pra você e ao mesmo tempo tão cruel pra mim, seus dias de brincar de Deus acabaram e agora é a minha vez. Antes você disse que eu suspeitava de quem era o anônimo, mas que eu nunca teria a certeza, agora é sua vez de suspeitar, porem sem certeza, se eu sei quem é você.
Parece divertido?

Sente medo, ansiedade?

Talvez estando na minha pele você entenda um pouquinho do que eu sinto e mude seu conceito sobre mim.


Três perguntas para autoconhecimentos:

Quem sou?
Quem as pessoas pensam que sou?
Quem eu quero ser?


As vezes nos focamos tanto em suprir as expectativas das pessoas e nos nossos desejos, concepções de ser alguém no futuro que esquecemos quem somos, quem realmente somos.
Pense nisso anônimo, talvez você esteja gastando suas energias demasiadamente para ser alguém que não é.
Sempre é tempo de mudar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

OVERKILL

Saudosismo gostoso de manhãs cinza de vento frio.
Varre todo o pensamento ruim da cabeça e traz aquela sensação gostosa que nem todas as palavras do mundo são capazes de explicar.
Lembrança da infância, de uns anos atrás, de ontem... uma musica e um fio de lembrança é puxado.

Overkill
Men at work

“Alone between the sheets
Only brings exasperation
Its time to walk the streets
Smell the desperation

At least theres pretty lights
And though theres little variation
It nullifies the night
From overkill

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away
Come Back Another Day”


(Um livro para reler e reler...)

" Passei a vida inteira a querer interpretar-te - oh! delicioso desperdício! - e nem sequer era por amor. Quero dizer, não era por causa daquela coisa que põe as pessoas numa exaltação de posse e de sexo. Através de ti eu existia antes de ter nascido, no vocabulário áspero e secreto de uma guerra que já não me pertenceu - moita carrasco, gatilhos olvidados, o tanas. Nem naquela noite em que despejámos sozinhos a tua preciosa garrafa de whisky velho irlandês e ficámos a ver a primeira demão do sol sobre os telhados de Lisboa nos ocorreu, sequer por um segundo. experimentar isso a que chamam a vertigem do corpo. De certa maneira, sabíamos de cor o corpo um do outro; trocávamos inibições e desaires como os miúdos trocam cromos. Mais do que alegria, era uma espécie de orgulho que nos estonteava nessa troca de intimidades funestas. Sem dormir contigo, aprendi de ti as vitórias e misérias de um homem, o rigor turbulento do prazer, o pavor de falhar, a relatividade das entregas como regra de entrega absoluta...



(...)Precisei de morrer para te desejar, precisei de morrer para ver a cor do desejo, que é branca, branca e irreparável, como tu, como nós dois. Quando fazíamos amor, não era o tempo que parava. Nós é que estávamos mortos, infinitamente mortos, boiando um dentro do outro num azul sem céu nem gravidade.(…) Estou à tua espera num sítio onde as palavras já não magoam, não ferem, não sobram nem faltam. Esse sítio existe."Fazes-me falta de Inês Pedrosa

Sou feita de açucar e carbono

...Chocolate, teimosia, chá de maçã, um girassol, pés descalços, chuva, fotografias, limão, um cigarro, cinema, morangos, vontade... sempre a vontade de tudo... o desespero do nada, a ansiedade, a constante insatisfação, impaciência, as compras que elevam o ego, um banho com água muito quente, shampoo. Sorrisos, gargalhadas com vontade, lágrimas até soluçar, a bebida mais forte, o dia-a-dia... sou eu. Isto e muito mais... um tudo e um nada. Uma mudança por segundo.
“Me deprime, me derruba
E depois reza por mim
E o meu crime, apagar as velas antes do fim” Jay Vaquer



As pessoas acham que tem direitos na vida da gente, pois bem, não tem. Não me venha com esse papo de “fiz pro seu bem”, nem eu sei o que é pro meu bem, como uma pessoa que não está em mim pode saber. A linha entre o bem e o mal é tênue, e só uma pessoa pode atravessar essa linha, eu mesma, só eu tenho o controle sobre minha vida, digo semi-controle.
Gosto de acreditar que me faço rodear de pessoas que querem só e apenas: o meu bem-estar. Mesmo as pessoas mais atrapalhadas que não sabem bem o que estão fazendo, mas agem com carinho.
Mas chega uma hora na sua vida que se não tiver limite para pitacos, toda essa “ajuda” pode ter uma conotação negativa. Chega um tempo em que necessitas de se purificar, de fazer preces pedindo um pouco de sanidade mental. Passo a passo, constróis algo que sempre desejaras ter - capacidade mental para discernir infortúnios lançados pela vida. A jornada sempre será essa: cair, levantar e sorrir, não preciso de ajuda pra entender e aceitar isso, e nenhuma ajuda vai mudar isso. Porque a Vida nunca terá um plano para ti, a menos que tu tenhas um plano para ela. E quando estás cansada de ir com a corrente, talvez porque já tenha chegado o momento de mudar o rumo, independente do que os outros pensam sobre você e o seu futuro. Sem jogos, sem malícias, apenas com o teu coração nas mãos, à espera que tudo dê certo e se não der, bem, pelo menos foi suficientemente forte para te fazer pensar. É isso que no final do dia te distingue de todo o resto.

Clarice Lispector

"Agora um pedido: não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar. Escrever é uma maldição." Clarice Lispector


Sempre me lembra o Pupt, hoje acordei com saudades de 2005
Saudades da Pamela (minha estrela), da Cris (mi), do meu prof. Fanfan, da Tay, das arvores, dos mosquitos, do por-do-sol na lagoa...
Ficaram só as lembranças de um ano bom.

Texto do texto

Depois de tantos comentarios anonimos me lembrei de um conto que li certo dia, é a historia de uma dona de casa que manda cartas para ela mesma. Muito bom o conto, eu indico.

Obscenidades para uma dona-de-casa de Ignácio de Loyola Brandão, link pra quem quiser ler também: http://www.releituras.com/ilbrandao_obscenidades.asp

Foi incluido no livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século", Editora Objetiva e gerou muita polêmica, bobagem, passa coisa muito pior nas novelas. Gente carola é foda!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

QUEM QUER COMPRAR O JORNAL DE ONTEM COM NOTÍCIAS DE ANTEONTEM?

“sou solidão a dançar com a língua no formigueiro
Ando, ando, ando sem parar
na poeira dos fatos nas transparências
Viver é fúria e folia, rumo ao mágico
Me chamo vento, me chamo vento...”


Ontem foi dia 01 de setembro de 2010, primeiro dia do mês e eu não escrevi no blog. Muitas idéias passaram pela minha cabeça, muita raiva pelo meu coração, mas nada tão concreto que não me fizesse parar uns minutinhos do meu tempo corrido pra escreve... Seja uma musica, uma poesia ou uma confissão, só pra não deixar passar em branco.
Então, hoje escreverei por ontem.

Tenho meus motivos pra acreditar que a vida toma sempre conta de mim, de uma maneira ou de outra. Mas estou sempre correndo por isso nãos dou-me conta disso. Fala comigo enquanto durmo, me mostra o caminho quando estou perdida. De nada valem os planos, de nada valem as lamentações, porque mais tarde ou mais cedo algum vento com cheiro de mudança surge. Acredito no Karma, signo, horóscopo e no efeito boomerang que têm todas as nossas ações ou pensamentos. Acredito no pensamento positivo, que pagamos pelos erros que cometemos, pelas decisões tomamos, pelas coisas que não dissemos quando devíamos. Mais tarde ou mais cedo, as pessoas desiludem-nos. O pedestal deixa de existir. Mais tarde ou mais cedo, o passado angustiante acaba por nos deixar um sorriso na face. Só um sorriso - vazio - sem mais nada que o próprio sorriso. Com as recordações de sempre e para sempre. Hoje é fruto de ontem.
Um dia resolvi fazer as pazes comigo própria, ser a minha melhor amiga. Não preciso mais do que isso. Tenho que gostar mais de mim que das outras pessoas, pois ninguém o fará por mim. A vida é curta! Não há tempo para lamúrias e arrependimentos. Arrependi-me do que fiz e não fiz. Mas não dá mais pra mudar o passado, apenas detectar o erro e seguir em frente, tentando não cometer os mesmos erros de novo. Sem nenhuma futilidade escondida por aí. Eu própria, com muitos sonhos no passado, alguns trocados no bolso, os pés descalços e uma vida para percorrer. Com as mãos livres vou tentar colocar minha alma em tudo que faço.
O tempo é tão pouco. E eu sempre quero tanto. Os sentimentos são frágeis, mas todo esse esforço deve valer a pena.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Thank You

Nada como chover pela manhã, um dia após o outro, nada como um sorriso, uma esperança... pode parecer triste, mas é reconfortante!







"My tea's gone cold
I'm wondering why I got out of bed at all
The morning rain clouds up my window
And I can't see at all
And even if I could it'd all be gray,
But your picture on my wall
It reminds me that it's not so bad
It's not so bad..." ♪♪♪

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Re-caída

Alguma coisa mudou em pouco tempo, não sabia explicar, toda a euforia foi dando lugar a uma melancolia. Podia ser sono, ou sua pressão baixando por causa do açúcar, mas não estava a fim de mentir pra si mesma, sabia exatamente o que era. Aí ela começou a socar, uma a uma, as teclas do teclado, na raiva descarregada, raiva que sei lá de onde vinha, raiva mais sem lugar e que formigava o coração, melhor respirar, todos da sala silenciosa já olhavam o que digitava com tanto barulho. Levantou e foi olhar pela janela, não por estar incomodada pelos olhares repreendedores, não se importava com eles, levantou pra distrair-se. Lá fora a cidade era sua como sempre foi. Era tarde e o dia se emendaria cedo na noite, o sol quente ia dando lugar ao céu alaranjado e ao vento frio. Fazia tempo, um bem assim considerável, que ela não escrevia no serviço, não se importava, apenas deixava brotar as letras de seus dedos, formando palavras, fases, sem se importar com nada. As imposições eram outras. Tinha o cabelo pra dar um jeito, os quilos pra perder, o dinheiro pra receber e pagar as contas antes do fim de semana, era segunda e ela já pensava na sexta, não que tivesse programado algo de diferente, mas sabia que somente nas sextas uma vida parecia mudar, a profissão escancarada lá fora exigindo reparo e atenção, aí foi deixando, calada uma a uma, não gosta de ser interrompida. Foi todo o parágrafo, esse sei lá se significava alguma coisa. E cadê a solução? Um controle maior da raiva, aquela, isso até que sim, mas aquecer que é bom nada. O prazer de deixar-se levar pelos dedos e não pela cabeça. Mas a insuficiência teimava em sufocar, provavelmente culpa daquilo que nem sabia o que era, mas deixava-a melancólica. Tinha fome, alguma coisa a gente tem que dominar, pelo menos sabia quando estava com fome. Uma vez ouvi dizer que dormir passa. A fome. Como não pode dar-se o luxo de ir para casa por causa dessa dor filha da puta no estomago. Daqui a pouco, vai vomitar umas palavras, essas que ainda estavam dentro à espera de alguma digestão, puta azia, tomei um anti-ácido no café da manhã. Ah, isso, fechou os olhos e desejou não estar ali, ter oito anos e estar acordando do sono da tarde de um pesadelo. Leu em voz alta o tudo acima escrevera, sorriu.

Veronika decide morrer

Terminado de ler A Bruxa de Portobello fiquei envolvida pela magia do livro, podem falar o que quiserem de Paulo coelho, ele não precisa ser exemplo de pessoa pra mim, nem mesmo o conheço, mas entro em qualquer briga para defendê-lo como escritor. Já tinha lido algumas obras dele, é sempre uma viajem incrível. Mas, ao terminar A Bruxa de Portobello realmente fiquei espiritualmente tocada, voltei com as meditações, com os mantras e vou voltar para gnosis, tudo isso tem me deixado bem mais leve, me conhecer melhor. Mas não parei por aí, alguma coisa em Veronika decide morrer me chamou a atenção, nunca tinha ouvido falar desse livro, não tinha lido sinopse nem nada, mas na capa no final da Bruxa de Portobello aquela pequena divulgação me chamou a atenção e eu decidi baixar o livro, já que não tinha grana pra comprar no momento. Baixei mas não comecei a ler o livro, não sei, simplesmente não conseguia começar a ler, tinha um bloqueio, mas ontem (Domingo – 29 de Agosto de 2010) resolvi começar a ler, domingos me deprimem e no livro ele toca nesse assunto – “O amargo crônico só nota a sua doença uma vez por semana: nas tardes de domingo. Ali, como não tem o trabalho ou a rotina para aliviar os sintomas, percebem que alguma coisa está muito errada.” E é justamente assim que eu me sentia, uma amarga crônica. Quem nunca pensou em se matar? O que leva uma jovem cheia de saúde e de futuro pela frente decidir que chegou a hora do fim? No livro achei as respostas e simplesmente fiquei maravilhada, é incrível... mais comum do que eu pensava, a forma de tratar a loucura, de tocar em assuntos íntimos, lutar pelos sonhos... de como nos acomodamos nas “leis”, nos importamos com o que os outros vão pensar... certo ou errado! E simplesmente ignoramos nossas vontades, sonhos, desejos...
Exatamente à uma hora da manhã cheguei ao final, 135 paginas deliciosas. O livro foi devorado em uma única bocada.
Acordei mais cheia de vida, repensei muita coisa antes de dormir e fiquei muito feliz em acordar hoje de manha, mesmo querendo ficar na cama por mais tempo agradeci por ter de levantar, ter um emprego, ter de me olhar no espelho e ainda gostar do meu cabelo bagunçado... A janela do lado da minha mesa me deixa ver um céu lindo cheio de nuvens brancas em formato de anjos... algo se resolveu ontem e hoje estou cheia de paz.

Veronika decide morrer e eu decidi começar a viver!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

“Uma única pessoa é um universo infinito, pronto para ser explorado todos os dias, até o fim da vida.”

Estava trabalhando, quando esse pensamento acima brotou de alguma página que abri por engano. Frase muito apropriada pra esse momento sinto-me como esses ratos de laboratório, tão vulnerável. Ultimamente tenho aos poucos voltado a escrever e isso tem me enchido de alegria. Estou também pensando em voltar ao velho habito das agendas, tenho idéias boas, mas a memória é péssima. Escrever é uma das poucas coisas que não perdi com tanta mudança nesse pouco tempo, escrevo porque gosto, me faz bem.

Declaração Patética

Como já dizia nosso querido Cazuza – O amor é o ridículo da vida... Eu, como sou muito sensata, sou obrigada a concordar. O amor é uma doença mental, te impede de pensar direito, porque você ocupa não só o meu primeiro e meu ultimo pensamento, pois todos eles vão ao teu encontro... todos.
Ao seu lado, é muito mais prazeroso ouvir Guns, Janis Joplin, Led Zeppelin, Black Sabbath...
Dormir agarradinho não me incomodaria tanto e muito menos me causaria um calor irritante, nem falta de ar. Não, desde que eu estivesse com você em minha cama. O amor faz coisas idiotas parecerem lindas...
Eu acordo com 70% de meu mau humor mais azedo de todos e você completaria os 30% para minha total felicidade, com isso o resto do meu dia pode ser uma merda que não faz diferença.
O meu aniversário teria mais graça se você aparecesse, na verdade teria alguma graça... e eu não precisaria ficar resmungando para meio mundo que detesto essa data tão fodida de minha vida. Sério. Você tornaria tudo mais simples e melhor. Mais fácil.
O amor tem dessas coisas, né? Muda o mundo, na verdade muda a cabeça da gente, por isso que digo que o amor é uma doença. Mas olha, eu nem ligo, nunca fui normal mesmo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A DANÇA

"Você é tão moderno
Se acha tão moderno
Mas é igual a seus pais
É só questão de idade
Passando dessa fase
Tanto fez e tanto faz.

Você com as suas drogas
E as suas teorias
E a sua rebeldia
E a sua solidão
Vive com seus excessos
Mas não tem mais dinheiro
Pra comprar outra fuga
Sair de casa então
Então é outra festa
É outra sexta-feira
Que se dane o futuro
Você tem a vida inteira
Você é tão esperto
Você está tão certo
Mas você nunca dançou
Com ódio de verdade.


Você é tão esperto
Você está tão certo
Que você nunca vai errar
Mas a vida deixa marcas
Tenha cuidado
Se um dia você dançar.


Nós somos tão modernos
Só não somos sinceros
Nos escondemos mais e mais
É só questão de idade
Passando dessa fase
Tanto fez e tanto faz."








Legião Urbana dispensa explicações...
Ouvindo a musica e dançando a dança!

THB

“ Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume”


Estou lendo o livro Bipolar da Terri Cheney, foi indicado pelo meu médico Neurologista e está me ajudando muito a entender minha doença, na verdade muita gente chama de frescura, essa gente não sabe o que diz. Transtorno de humor bipolar é coisa séria e eu vou superar isso.
É muito difícil conviver com o mundo quando é o humor que determina como vai ser o dia e as conseqüências que os pequenos fatos geram por causa disso, é como lidar com nitroglicerina todos os dias.
Hoje não acordei legal, tive insônia, mas não estou cansada, meu estomago ta um caco e aquela dor chata na cabeça deu uma aliviada. Não estou no extremo, mas estou com desconfiança do mundo, não que isso mude muita coisa.
Mas só o fato de assumir a doença e querer tratamento já tira muito peso das minhas costas.
Pra vocês (visitantes, conhecidos e Anônimos) trecho do livro pra explicar, de uma visão profissional, um pouco de tudo que sinto:

“O transtorno de humor bipolar, ou maníaco depressiva, não é uma viagem segura. Ela não vai partir do ponto A e chegar ao ponto B, da maneira que você esteja acostumado. É uma viajem caótica, imprevisível. Nunca se sabe qual será a próxima etapa. Eu queria que este livro espalhasse a doença, que desse ao leitor uma experiência visceral. É por isso que decidi contar minha historia de vida por episódios, em vez de seguir uma ordem cronológica. É mais fiel a maneira como eu penso. Quando olho pra trás, raramente me lembro dos eventos em termos de data ou seqüência. Pelo contrario, lembro-me do estado emocional em que estava. Desvairada? Deprimida? Suicida? Eufórica? A vida, para mim, não é definida pelo tempo, mas pelo estado de espírito do momento.”

Déjà j'ai connu le parfum de l'amour

“Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.”

Horas com os olhos paralisados em frente à tela branca, aquele maldito tracinho que pisca insistentemente e parece caçoar das batidas aceleradas do seu coração. Idiota, pra não usar palavra pior, não passa de uma idiota. Não importa o quanto tente, não vai conseguir. Vai continuar parada ali, estática, com o um tornado de pensamentos na cabeça que dói há dias. Está triste e com medo, é uma fracassada, sabe que o tempo está se esgotando. Chuva de meteoros só acontece em sonhos, coincidências não existem, mas ela nasceu sem sorte. Não pode ter medo quando a hora chegar. Estala os dedos, cocha a cabeça, mais um copo de café, a azia parece derreter até o coração, um copo de água bem gelada, um cigarro, não queria fumar, já faz tanto tempo que não fuma, está tentando parar, na verdade não está não, acende o cigarro e traga, se arrepende de ter feito. Está enlouquecendo, não consegue chorar.
Por quê?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010