terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Casos do Acaso

Peguei-me rindo sozinha,
Cá com meus pesamentos
Achei gozado os acasos
Das peças que a vida insiste em pregar.

Pensei em você
E na mesma hora nossa música começou a tocar no rádio.
Talvez eu devesse te mandar uma mensagem
Deixei uma conversa suspensa da última vez
Talvez eu lhe deva uma explicação
Talvez não

A música acabou
Nem me dei conta
Tão perdida aqui dentro
Raramente presto atenção
Só na conversa animada das meninas na minha frente
Lembrei de uma amiga da escola

Quem foi que sumiu da vida de quem?!



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SOBRE ELA - Encontros e desencontros

Relato
Re

Relembrar
Remoer
Reviver
ReAmar

Talvez não seja sobre ela, talvez seja sobre mim...


No dia 14/10,  Ela me convidou para ir à sua casa.
Ela disse que não estava muito bem e me pediu para no sábado, dia 17/10, que eu fosse sozinha visitá-la.

Aí já viu né?! Fiquei cheia de expectativas, fantasiando mil coisas na minha cabeça, quase morri.
No dia seguinte, passada toda a euforia inicial do convite e avaliando todas as possibilidades, me dei conta de que estava fantasiando, como sempre, o que era apenas um convite para uma conversa, e nada mais. Talvez ela só precisasse despejar o lixo dela em alguém, ou dividir o fardo dos problemas, ou rir atoa depois de umas cervejas, ou tudo isso, ou até mesmo nada. Eu deveria aquietar meu espírito, e esperar.

Os dias se arrastaram, castigando-me num turbilhão de medo e ansiedade, mas finalmente o sábado chegou. Acordei cedo, estudei, fiz meus trabalhos domésticos, não consegui almoçar direito, acabei chegando cedo, com uma hora de antecedência lá, naquele bar próximo a casa dela. Tão perto. Lembrei-me do dia que nos encontramos nesse mesmo lugar, dos seus lindos olhos, do sorriso.

Perdi a coragem. Precisava beber. Pedi uma cerveja. Depois de 3 copos mandei uma mensagem, ainda não estava pronta para enfrentar ela (nem mesmo pelo telefone). Avisei que tinha chegado e se ela quisesse descer poderíamos ficar lá, conversando e tomando umas cervejas. Ela aceitou, estava cansada de ficar em casa e precisava sair um pouco, pronto, foi o suficiente para o meu coração me trair, batendo tão forte que eu tinha certeza que ela escutaria assim que se aproximasse.

Longos minutos agonizantes, e lá estava ela, linda, parada ao meu lado. O sorriso que me desestabiliza, levantei e abracei-a, talvez tenha sido longo demais ou apertado demais, mas não tenho muitas oportunidades de ter ela em meus braços, me entreguei. Deixei que cada célula do meu corpo se acalmasse com o toque do corpo dela. Fui tomada por uma paz inexplicável, mas nos separamos, não sei que soltou primeiro. Eu estava fora de mim, vendo a cena como quem vê um filme. Sentamos, fumamos, bebemos, conversamos. Pessoas entraram e saíram dos nossos papos, recebemos um convite para um evento lésbico e resolvemos ir. Mas antes, ela quis passar em casa para trocar de roupa. Ela mudou-se para o andar de cima, ainda não conhecia a casa nova, e assim que entrei não senti presença do fantasma da “ex” dela na decoração da casa, mesmo tendo tocado no assunto de como as coisas tem acontecido desde que a “ex” foi para outro estado, ela era apenas uma sombra no passado, ver a casa sem fotos dela e dos pertences dela foi aconchegante.

Apresentou-me a casa.  Grande, fresca, com cara de casa de escritora, com janelas que dão para o parque, o barulho de água correndo pelas pedras, (tudo bem que eu sou meio suspeita, porque ela poderia morar num porão que só a presença dela deixaria tudo lindo), inevitavelmente me inclui na cena, imaginei-me morando lá, com ela, pertencendo à família dela... Em meio aos meu devaneios fiquei na sala, em pé, desconfortavelmente olhando seus livros enquanto ela trocava de roupa com a porta aberta. Foi um convite? Não sei. Se eu fosse mais ousada tentaria, ficaria parada, na porta e testaria. Ela poderia pedir licença, me convidar para entrar. Mas não tive coragem. Ela poderia me achar invasiva, e então tudo estaria perdido. Talvez eu tenha começado a perder nesse momento, por medo de perder.

Tivemos vários impasses, somos duas librianas, uma esperando que a outra tome decisões. E eu ainda tenho alguns agravantes, por natureza sou passiva e submissa, depositando sobre ela as decisões, e ela, me cobrando impassível que eu me imponha. E assim continuamos nossa caminhada até o evento.

Muda, ficava ensaiando coisas para dizer. Não consegui pensar em muitas coisas, então continuava muda.

Chegamos cedo, e nos sentimos deslocadas em meio à uma garotada cheia de energia. À medida que o tempo foi passando, pelo fato do evento ser próximo a casa dela, os conhecidos dela começaram a perguntar pela “ex”, então, a história foi recontada diversas vezes me deixando desconfortável, entretanto, conhecemos outras pessoas que acharam que éramos um casal, e respondíamos que éramos apenas amigas. Mas em gestos e atitudes éramos mais, dividindo bebidas, cigarros, gentilezas.

Em meio aos nossos papos ela me contou dos relacionamentos anteriores, do pai do filho dela, as namoradas, da “ex”, disse que todos tiverem que chegar nela, que ela não é do tipo que toma iniciativa. E eu disse que eu também era assim, então ela rio o sorriso sacana, característico dela e disse que eu tinha “cantado” ela. Daí eu disse que com ela tudo era diferente. Fiquei rubra. Mudamos de assunto. Mas eu fiquei pensando, será que devo investir novamente? Mas ela já tinha me deixado bem claro que não dava para ser mais que amizade.

Fiquei presa internamente nas minhas dúvidas, no meu impasse. Avaliando a situação, os “e se”. E quando carrego o caos dentro de mim acabo me comunicando pouco, e por diversas vezes ela cobrou que me comunica-se, mas eu não sabia o que dizer.

Ela me convidou para ficar na casa dela, pois estava ficando tarde para eu ir para casa. Afastei-me para avisar minha mãe, e foi a gota que derramou o cálice. Em menos de um minuto já visualizei, imaginei, questioneis mil coisas. Um pânico percorreu o meu corpo.

Na verdade, com uma mulher eu nunca passei do limite de uns beijos de rock, e também nunca fui apaixonada, e de fato estou apaixonada.

“E se não for nada do que eu estou pensando? Posso lidar com a rejeição? E se for? Estou pronta? Vou saber o que fazer?”
 E pronto, já estava perto da galera, que conversava animadamente. Perdida nos meus pensamentos, ela notou minha ausência e decidimos ir para casa. Ela falou sobre a história do centro da cidade, de pessoas, da vida, no percurso até a casa dela, e eu ouvindo.

Mais uma vez, e dessa vez muito mais enfática, disse que eu era muito mais comunicativa pela internet. Eu tentei argumentar que eu me comunicava sim, mas tive medo (ou vergonha) de falar a verdade. Ela me intimida. É fato, a inteligência, a sabedoria, a beleza, a maturidade, etc. A lista de adjetivos é grande e eu não me sinto nem metade do que ela é. Mesmo que, as vezes, ela ache que não é lá grandes coisa, mas para mim é. Decidi ir para minha casa, e não ficar na casa dela, eu não me sentia pronta, para vai se saber lá o que era tudo aquilo que estava acontecendo, tão rápido. Sou covarde, e como tal, cumpri meu papel. Pensei em roubar um beijo antes de entrar correndo no ônibus, mas falhei. Era para ser “o dia” da minha vida, mas não foi. Senti-me impotente, medrosa e covarde, só queria o conforto de me esconder embaixo dos lençóis da minha cama. Ainda tive tempo para estragar tudo um pouco mais. Mandei uma mensagem dizendo que ela me intimidava.

Ela respondeu: “já que te é tão intimidante, creio ser melhor ser na ausência. Desculpe, não sei ser diferente. Obrigada pela companhia. Boa noite.”


17/10/2015 e já foram 51 dias de Pulsão de morte.
"Eu não sei
Mais o que eu sinto por você
Vamos dar um tempo
Um dia a gente se vê."

Andei pensando na sua ausência
Faz tempo que você foi embora de mim
Dia desses pensei em te ligar
Dizer que estou com saudades
Perguntar se pensa em mim
Se queria me ver
Podíamos marcar um bar
Uma bebida barata
Você poderia aceitar uma esticada lá em casa
Como na primeira vez.

Ainda bem que eu não liguei.
Porque agora eu já não sinto mais vontade de ver o seu rosto ao acordar.
Não é nem o primeiro nem o ultimo pensamento do dia.
Eu sinto sua falta, mas não muita.



É o que tem para hoje...

Seja grata, eu sou o que tem para hoje.
Você pode passar os dias à esperar pelo sorriso dela, mas o tempo passou. É necessário virar a página. Aceita o amor que lhe é dado, é de coração.

Monólogo Urbano

Carros, trânsito, ônibus, calor
Vou esperar o sinal fechar para atravessar na faixa
Talvez eu devesse correr
Estou atrasada
Mas não tenho pressa
Vou esperar o sinal
Pensei em mil coisas em menos de um segundo, atravessei.
Sorri de volta para um menino, então percebi que ele não sorria para mim
Não fiquei constrangida, faz tempo que não sorrio para ninguém.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sobre ser, sobre linda, sobre rótulos, sobre não... E tudo mais.

Você é linda mas precisa emagrecer.
Você é linda mas eu só gosto de você como amiga.
Você é linda mas precisa se cuidar mais.
Você é linda mas não faz meu tipo.
Você é linda mas precisa parar de reclamar.
Você é linda mas tem que agir como mulher, você já cresceu não é mais uma menina.
Você é linda mas precisa empoderar-se.
Você é linda mas tem que estudar mais.
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...
Você é linda mas ...

Assim os anos passaram e eu acabei dando mais ênfase ao mas do que ao linda.  

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

"Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o seu silêncio me fale cada vez mais
Pois metade de mim é abrigo
A outra metade é cansaço" ♪

Esse cansaço que pesa as pernas, faz o andar arrastado em meio ao caos do dia a dia.
Mas hoje é sexta-feira, amor, não cabe versos longos.
Eu espero as 16:30h.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Eu não me atreveria admitir a semelhança. Mas ela existe.
Está nos lindos olhos, no cabelo, na delicadeza da pele, nos poucos anos de vida e nas muitas histórias vividas.
Está no gosto musical e no talento para escrever. Mas ela limita-se a isso, e só.
O beijo é diferente, o gosto e o cheiro também. Não é amor, não era antes, não é agora.
Mas é uma boa obra, uma releitura gostosa. E no mais, é uma ótima chance de eu ser eu, assim, sem medo, sem máscaras, sem precisar impressionar, sem fingimentos.
Eu prometi não criar expectativas.
Culpa minha, que insisto nessas releituras, na necessidade de voltar ao passado confortável. No cheiro de cravo e canela, pela quente, aconchego.
No conforto e segurança que sinto quando nossas mãos estão juntas.
Hoje eu senti vontade de ouvir nossa música, mas não ouvi.




segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Eu te amo e te odeio com a mesma intensidade.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ela e a outra
O outro e ele
Eu e a solidão
Como um bolero para dançar sozinha
E o que houve antes entre eu, ela e ele
As horas infinitas, as dores, as vespas e as farpas
Embargada a fala que nunca diz nada, a lágrima no canto do olho
Os beijos e os abraços
A ferida que arde
Um enganar-se eterno
O ciúme, a posse que passa.
E mesmo sem graça, o papo
Já são dez horas.
Chove
Como romper o silêncio?
E se eu ficasse?
No canto da cama
Amante?
Todo tempo gasto
Tática inútil
Na cama, espaço vago.
Perda
Momento breve
O amor aquece, é paixão ardente.
Lá fora a vida devora


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Com um T bem grande

             Não me recordo como ou quando nos conhecemos. Ele se lembrava de mim dos tempos da escola e eu, já havia sido apresentava várias vezes a ele, mas cada vez era como se fosse a primeira, nunca fui boa para guardar nomes, fisionomias, nunca fui boa nem em guardar segredos.
      Também não me lembro de como começamos a conversar, nem de como as oportunidades de nos conhecermos melhor foram surgindo. Mas eu curti cada palavra, cada sorriso, e aos poucos ele foi me ganhando.
             E ele me ganhava como ninguém, o beijo doce e intenso, encaixado, de tal forma que o arrepio instantâneo era inevitável. 
Fui despida, junto com a roupa ele tirou os pudores. 
            Uma música tocava ao fundo, algo que eu mesma escolhi, mas não me recordo mais. O quarto foi tomado por uma atmosfera de desejos urgentes. Era muito, tudo intenso, os carinhos eram apertões e os nossos corpos colados eram um.
            O sexo era bom, vigoroso, eu diria que até violento, mas não de um modo ruim. Os intervalos eram de apenas alguns minutos, tempo para um cigarro, um pouco de água. Sentia a necessidade de ser penetrada, ele preenchia não só o espaço entre as minhas pernas. Sentia que o vazio do meu coração era também preenchido.
           As horas foram passando, e a escuridão do quarto foi dando lugar a luz alaranjada do nascer do sol, esgotada queria dormir. Mas ele não. As mãos firmes e macias percorriam as minhas pernas, e posicionado bem entre elas, percorria dos pés as cochas, num carinho erótico.
         E era lá que eu gostava de admirá-lo, de cima, entre as minhas pernas, numa entrega sublime, e o encontro nos nossos olhos, o ápice do gozo.        

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sobre ir embora

"Que a minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
A outra metade um vulcão" ♪



É fácil saber quando a necessidade de ir embora chega. 
E não se trata de mudar de casa, de bairro, de estado...
Trata-se de ir embora das pessoas.
É uma tarefa difícil, de fato.
Até porque você é tão aconchegante e caloroso.
Convidativo como minha cama.
Para ir embora de alguém é mais complexo,
não é só pegar um ônibus para outro lugar.
É necessário mudar de alma.
Então, é chegada a hora.
Vou levantar-me,
bater a poeira da roupa e seguir.

Talvez seja um adeus.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Por que Fabrício?

Olhos voltados para o céu
Olha o avião
Parece uma menina
Mãos dadas
Segurança
Olhos nos olhos
Drogas e amor? mesmo efeito!
Duetos intensos
Sorrisos
Eu te amo
É sincero
Canta para mim?
Peito
Olha a lua
E a torneira?
Onda boa
Risos
Não, gargalhadas
Para de caretices
Obrigada pelo beijo
Príncipe encantado, herói
Afasta o chupa cabra espiritual
Tem certeza que não é leonino?
D ♥
Eu precisava te ver
Ausência me dói
Minhas verdades
Beijos no pescoço
Olhos nos olhos
Tesão
Não nego
brilha menino
Algumas pessoas cantam as música
Você é
Eu gosto da sua voz
Não é só a sua beleza
Eu gosto até dos seus erros
Cheiro de Cazuza
Porra Caju!
Quero mais um
Por que Fabrício?
Viadinho é o caralho,
Hoje ele é meu!
Eu gosto do seu gosto
Dorme comigo?
Obrigada por tudo
Eu já disse que te amo?
Só danço se for com você
Vem, vamos curtir
Escuta essa música
Você vai gostar
Já viu esse filme?
Música clássica
Melhor café


"E já me acostumei 
com a tua voz 
Quando estou contigo 
estou em paz "

Me corrija, me complete, me subscreva, me releia...
Nosso sentimento é poesia, é conto, é crônica...
É texto mal escrito, mal acabado, mal estruturado...
Eu não tenho tempo para métrica...
Não tenho argumentos para réplica, tréplica...
Eu tenho urgência, não tenho tempo de pensar antes de falar...
Eu quero muito, tudo, inteiro.
Eu quero Fabrício, Cazuza, Caju, David e todas as outras faces do mesmo ser...





quinta-feira, 9 de julho de 2015

AMOR = AZAR

O amor não é bom, não é paciente, ele maltrata e é interesseiro, e não me venha com aquele blá-blá-blá de que amor de verdade é diferente, não, nunca é. Até porque o amor nunca é de verdade e nunca é diferente. É só parar para observar os casaizinhos que tem por aí. Esse é o meu referencial de amor. O azar. Amar alguém é como pisar na bosta. É como perder cinquenta reais.
O amor causa dor, na cabeça, nas costas, na barriga, no coração.
O amor é tipo uma doença mesmo. Uma patologia, dessas que as pessoas comentam:
- Coitado de fulano, está doente.
- É sério?
- Sim, está amando.

Hoje eu acordei doente, com dores.
Estou esgotada.
Acho que é terminal.
Preciso de uma cura para tanto amor.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Antagônico

O avesso do avesso!

Eu me apaixonei, ali, naquele instante, como um inseto na lâmpada, ignorando o risco. Seu humor ácido, sua coragem, eu nem sabia ainda do talento, vê se pode?! Crua, visceral, linda... 
Como demorei tanto tempo para te encontrar?!

Cada palavra, cada gesto, cada possibilidade.
Um misto de alegria e medo, uma excitação nunca antes sentida. Aquela coisa que acontece aqui, bem aqui dentro, entre o meu coração e meu estômago, que eu não consigo explicar.
Cada abraço, cada toque proposital ou não, uma descarga elétrica que percorre o corpo.
Tão intimidadora, inteligente, quente, explosiva e imprevisível. Tão desconhecida e ao mesmo tempo tão indispensável.
  
Eu sou grata pelo carinho, pela amizade crescente. E aceito de coração o que recebo, que vai muito além do seu antagonismo.
Para você estou guardando o meu melhor.

Eu te amo, eu te amo. 

   

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os ponteiros passaram e você não passou (8)

Ainda sentindo a ressaca do porre de sentimentos novos que você me proporciona, contei as horas, querendo mesmo era que ela não se arrastasse tarde afora.
Selecionei apenas as palavras mais doces dentre as trocadas numa conversa rápida, uma não querendo tomar muito o tempo da outra. Enfeitei o inimaginável, como costumo fazer.
Fantasiei seus meios sorrisos, aqueles contidos.
Sem saber se pegava um ônibus, um táxi, ia a pé ou embarcava em um disco voador, tive urgência em te ver.
O sol se escondia por detrás das nuvens e de nada adiantava as janelas abertas, mais nublado que o céu só o meu coração.
Meus olhos choviam inconformados pela impossibilidade de te ver.

As ruas vazias que cortam meu coração estão cheias de poesia e silêncios.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Vai chover pingos de amor (8)

Amor, desconhecido, novo, como livro.


Já não sabia mais o que era sofrer por amor, desse sofrer de perder o sono, de receber uma avalanche de pensamentos o dia todo, do frio na barriga gerado pela possibilidade de encontrar a pessoa.
E eu sofro!
Ela é linda, boa demais para estar disponível nas prateleiras do mercado.
Ela é fenômeno da natureza, ela é meu sol. Luz própria aquecendo meu coração com pequenos gestos. 
Eu, chuva. 


sexta-feira, 22 de maio de 2015

ESCREVO PARA ALTERAR O SENTIDO DE ESTAR SOZINHA...

Escrever é transar com as palavras.
Ela anda meio carente de atenção.
Mas prefere dormir do que enfrentar a boçalidade alheia.

Boa noite!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Depois de amanhã...

Me indica um livro, me mostra uma banda nova, pensa em mim.
Me liga.
Eu ando sentindo saudades.
Essa mania de heterossexualizar os romances, chega.
Por mais que pareça um menino, ou a Cássia Eller, 
o que é quase a mesma coisa, 
a pele é lisa, os lábios são macios, os olhos, ah... os olhos, os mesmo que despem-me,
os que interrogam e inibem-me. 
Desconserto-me em sua presença, é inevitável. 
Faço planos, 
desejos e sonhos.

terça-feira, 24 de março de 2015

(Des) Gostar

Os meus olhos foram puxados assim que vi ele ali, parado na fila. Conferi cada detalhe, era ele.
E eu, insatisfeita da vida como sou, já interpretei nosso quase encontro como um sinal. Não seria só coincidência estarmos ali, aquela hora da manhã, lado a lado, quase um de frente para o outro.
Mas foi quase.
Eu fiquei esperando um sorriso, um gesto, qualquer coisa.
NADA!
Aproveitei então para olha-lo furtivamente.
Sua roupa impecavelmente passada, seu sapato limpo, cabelo bem cortado, barbeado. Uma mistura de limpo e rebelde, com suas tatuagens visíveis sob a blusa.
"Mas ele nem é tão bonito assim, talvez não seja interessante, talvez seja mais, seja um completo babaca como todos os outros", peguei-me pensando.
Para menina, que mania que você tem de desgostar tão rápido.
Para com esse papo de antes só, nunca é melhor só, seja um pouco mal acompanhada também.

E então ficou acordado, da próxima eu falo com ele.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Escrevo como quem faz uma oração,
baixinho, só pra Deus ouvir.
As vezes grito, clamando, quem sabe assim Deus não ouve?!
Escrevo como um desesperado, um faminto, um doente.
Perco a fé, a paciência.
Não escrevo.

quarta-feira, 4 de março de 2015

ALL YOU NEED IS LOVE


Que seja acaso então, ou mais, ou maior.

De fato todo mundo precisa de amor, isso sem dúvidas, mas o extraordinário é justamente o de onde ele vem.
Que você seja apoiado, mesmo que pareça um absurdo. Mesmo que esteja na cara que você vai se arrepender.
O novo será sempre novo, o medo será o mesmo.
A vida não tem manual de instrução.
Vá a luta!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Dos bloqueios

Não sei em qual curva da vida perdi a inspiração.
Não que minha cabeça tenha parado de fumegar num turbilhão de pensamentos.
Mas é que colocar tanta ideia no papel ficou cada vez mais difícil.

Acho que preciso de mudanças...